Durante a sessão solene, a presidente do SINDEPO-DF, Dra. Cláudia Alcântara, fez um discurso emocionado e contundente, ressaltando os desafios diários enfrentados pelos policiais civis de todo o Brasil. Ela destacou que ser Policial Civil vai muito além de uma profissão, é uma missão que exige preparo técnico, coragem, equilíbrio emocional e, muitas vezes, a entrega da própria saúde e vida em defesa da sociedade.
A presidente também chamou a atenção para o alto nível de estresse da categoria, com profissionais adoecendo, perdendo o sono e, em muitos casos, recorrendo a medicamentos para lidar com a pressão constante da função.
Um dos pontos mais emocionantes da fala foi o relato sobre o caso do policial Robson, lotado na 33ª Delegacia de Polícia, que faleceu após um dia de serviço. Sua família, que antes contava com cerca de R$ 14 mil mensais, passou a sobreviver com pouco menos de R$ 3 mil reais líquidos, evidenciando o impacto negativo da Emenda Constitucional 103/2019 nas pensões de servidores que morrem em serviço.
Diante dessa realidade, a Dra. Cláudia reforçou o apelo pela aprovação da PEC 24/2022, que busca corrigir distorções graves nas regras de previdência, garantindo dignidade às famílias dos policiais civis mortos em serviço.
A presidente também destacou que a luta da Polícia Civil do Distrito Federal não é isolada, mas sim um reflexo da realidade vivida por policiais civis em todo o país, que diariamente enfrentam o abandono, o sucateamento e, muitas vezes, a indiferença.
Finalizou seu discurso com uma chamada de responsabilidade ao Executivo Federal e ao Parlamento para que reconheçam, com urgência, o papel essencial dos policiais civis na linha de frente da segurança pública.
"A justiça começa quando reconhecemos o valor de quem a promove, mesmo que no silêncio do anonimato."
Os policiais civis seguem de pé, firmes em sua missão, lutando por respeito, dignidade e valorização real.
Publicado em 23/06/2025